Como é difícil ver uma criança sofrendo. Quantas vezes nos deparamos com reportagens, postagens nas redes sociais, casos contados por amigos sobre bebês que nascem com algum problema, alguma doença grave, tantas incuráveis. Bebês que tão pequeninos já carregam consigo uma missão enorme de mostrar a todos ao seu redor o que é força, coragem, esperança, fé. Seres tão indefesos que só sabem expressar sua dor através do choro. E nós adultos nos tornamos impotentes. Ficamos absortos em pensamentos que nos fazem sofrer, que nos tira o chão, que aperta o peito e entristece a alma. Queremos de alguma forma aplacar aquela dor. Transportar para a gente o que este ser tão indefeso está sentindo para que possa voltar a sorrir e alegrar nossas vidas.
Desde abril temos vivido esta situação com pessoas muito próximas a nós. A filha de uma amiga que vi nascer se tornou mãe. Minha amiga, mais nova que eu, repentinamente avó (coisa que confesso soa estranho aos meus ouvidos). Eu e minha família acompanhamos os últimos meses dessa gravidez. E já na barriga da mãe Malu se tornou nossa também. A situação já não estava fácil. Eles estavam morando em Cariacica e em janeiro fomos visitá-los. Minha amiga já estava desempregada e somente o marido trabalhava. Veio a greve da polícia no Espírito Santo e tudo se agravou, com receio de Malu nascer antes da hora e sem condições devido ao fechamento dos hospitais, resolveram vir para Ipatinga. Aqui, mais uma notícia para abalar as estruturas. Nosso amigo, avô da Malu também perdeu o emprego. Malu nasceu em 28 de fevereiro, terça-feira de carnaval. Tivemos a alegria de participar deste momento tão divino acompanhando-as no hospital. E já no parto mostrou para que veio. Nasceu com o rostinho virado literalmente de cara para o mundo. Sua mãe foi e tem sido uma guerreira e tenho certeza que Malu tem sentido isso. Em abril retornaram para casa em Cariacica. Minha amiga, uma doceira em tanto, retornou cheia de esperanças em dar continuidade a um sonho deixado para trás há alguns anos. Montar sua empresa. Mas coisas acontecem em nossas vidas que só conseguimos enxergar seu verdadeiro sentido depois que passam.
Malu tinha uma pupila maior que a outra o que chamou a atenção deles. Foram buscar atendimento e então, após uma tomografia diagnosticaram nossa mocinha com "cranioestenose" e possivelmente uma microcefalia. O chão se abriu. Como meu Deus, uma criança tão esperta, aparentemente tão sadia, pode ter algo assim. O não aceitamentos é nosso primeiro ato. Mas a fé nos acompanha e sempre vence. Malu chorava incessantemente. Os médicos diziam que era por causa da dor de cabeça que ela sentia. Remédios, exames, consultas, idas e vindas ao Posto de Atendimento. Sofrimento, lágrimas, medo, incertezas. Como, tão pequenininha já sofrer tanto e como aplacar esse sofrimento. Familiares e amigos de longe em constante oração. A situação financeira só piorando. Forças se esgotando, mas a fé permanecia inteira. Campanhas emergenciais foram feitas. Deus enviou seus anjos para agirem em favor dessa família tão querida. E mandou também anjos que conseguiram uma consulta com uma especialista em Belo Horizonte. Com restante da campanha vieram para Minas e aqui foi constatado que Malu não tinha absolutamente nada no crânio ou no cérebro. Como Deus é maravilhoso. E aí vieram os reencontros com a família e os amigos que torceram de longe. Que felicidade! Mas Malu não estava se sentindo bem. Ainda chorava, e uma consulta emergencial foi conseguida e a luta recomeça. Malu está com uma má formação nos nervos finais do intestino. Tem dificuldade para evacuar, tem refluxo e mesmo com fome não consegue se alimentar direito pois seu estômago e intestino estão com dificuldade em realizar a digestão. Hoje, dia 12/06 um outro especialista a atendeu e disse que farão um tratamento durante 20 dias para tentar estimular esses nervos. Caso não ocorra o esperado Malu fará uma cirurgia. Dos males o menor, não é assim que escutamos. Deus está a frente de tudo. Acompanhei hoje de perto o sofrimento dela. Meu coração cortou. Amamos essa família que já consideramos como nossa também. E infelizmente atualmente não posso ajudar o tanto que gostaria. Há dias tenho orado, tenho pedido a Deus que nos oriente para que possamos de alguma forma amenizar um pouco o que estão passando.
Me falaram sobre um site onde fazemos uma espécie de "vaquinha". Sim aquela tradicional vaquinha entre os amigos para conseguir algum objetivo financeiro.
Entrei no site e cadastrei o caso da Malu.
Eu realmente não sei se vai dar certo, mas tenho pedido muito a Deus para que dê e para que essa ajuda possa de certa forma deixar o coração dos meus amigos mais tranquilo para cuidar da Malu. Pois as economias estão ficando escassas e tudo ficando um pouco mais difícil.
O link do site está aqui: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/malu-uma-guerreirinha
Eu sei que a situação atual não está muito fácil, mas sempre acreditei que um pouco com Deus se torna muito. E que se cada um ajudar, atingiremos nossa meta. O valor colocado é para cobrir as despesas com suplemento alimentar para a mãe da Malu, remédios, consultas, exames e as despesas com a casa que está fechada em Cariacica. Pelo menos até as coisas se amenizarem e conseguirem resolver tudo.
Termino com uma frase que acho que resume bem o meu sentimento nesse momento:
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